O Albergue de Peregrinos do Mosteiro de Vairão abriu no dia 25 de julho de 2013, dia de Santiago, na sequência dos esforços desenvolvidos por Ana Lobo e Pedro Macedo, casal de peregrinos e hospitaleiros do Caminho de Santiago. Conta desde o início com o apoio incondicional da comunidade local, com destaque para a Autarquia e a Paróquia.
O espaço foi cedido pela Assembleia Distrital do Porto, na altura proprietária do Mosteiro (desde julho de 2015 o Mosteiro pertence à Câmara Municipal de Vila do Conde), tendo sido criada através de protocolo uma comissão instaladora com a participação da Junta de Freguesia de Vairão e da Associação “Espaço Jacobeus”. A título de curiosidade, refira-se que o primeiro contato foi realizado no dia 15 de maio de 2013. Em 2015 foi criada a Associação de Peregrinos Villa Valeriani (antigo nome de Vairão) que assumiu a gestão do albergue.
O Mosteiro de Vairão, com mais de 1.000 anos de história e uma localização privilegiada, é o espaço ideal para acolher os peregrinos do Caminho de Santiago. A criação do albergue permitiu recuperar instalações e abrir as portas do Mosteiro à comunidade local e internacional, promovendo a sua valorização.
Com a abertura do albergue o Caminho Português de Santiago fica “completo”: na ligação entre o Porto e Santiago de Compostela, percorrida anualmente por cerca de 10.000 peregrinos, a máxima distância entre albergues é agora de 25 km, distância que separa o Porto de Vairão. Esta distância é a considerada “natural” entre os peregrinos.
Em 25 de julho de 2015 foi inaugurado o Museu do Peregrino - Centro de Interpretação do Caminho de Santiago.
O acolhimento aos peregrinos é garantido pelo casal Alice e José Maria e sua família, moradores em frente ao Mosteiro. A satisfação dos peregrinos com as instalações e o acolhimento é patente nas impressões recolhidas no livro de honra. Desde o início do mês de outubro de 2013 que o albergue conta com a colaboração de uma animadora turística no âmbito do programa “património ativo” – Carla Silva (a quem se juntou entretanto a Marília Macieira e a Fátima Ramos).
Na recuperação do espaço e na animação do albergue têm tido participação ativa as coletividades locais e voluntários, com destaque para o grupo de catequese. Destaca-se ainda o apoio recebido por parte de algumas associações alemãs e americanas.
Nos primeiros três meses de funcionamento foram acolhidos 323 peregrinos de 35 nacionalidades, abrangendo os 5 continentes.